O edifício do museu

O Museu do Calçado nasceu dentro do antigo edifício da empresa OLIVA.

Bastião da metalurgia pesada portuguesa, esta empresa fez parte da vida de milhares de trabalhadores que, desde 1925, ajudaram a construir uma História sem paralelo que ficará para sempre associada às máquinas de costura OLIVA.

Fundada por António José Pinto de Oliveira, desta fábrica saíram, também, ao longo de mais de 80 anos, alfaias agrícolas, forjas portáteis, equipamento para a indústria da chapelaria, tubos para canalizações, fogões em ferro fundido, ferros de engomar, autoclismos, prensas para bagaço, radiadores e salamandras, equipamento para lavandarias industriais, tornos de bancada, banheiras e lavatórios coletivos, motores de explosão de pequena cilindrada, entre muitos outros equipamentos.

Apostando na formação dos seus quadros, numa política de bons salários, na utilização eficiente de mão de obra e tecnologia moderna e na racionalização dos espaços fabris e adotando um arrojado plano de comercialização e propaganda, a OLIVA esteve sempre ao nível das empresas europeias mais dinâmicas.

No imaginário coletivo ficaram as centenas de lojas OLIVA espalhadas pelo País, os grandes anúncios iluminados no topo dos principais edifícios das vilas e cidades, os cursos de corte e costura, o concurso nacional de “Vestidos de Chita”, a eleição anual da “Miss Oliva” mas, também, os icónicos filmes “A Costureirinha da Sé” e “Sonhar é fácil” patrocinados pela marca.

A OLIVA é, por isso, um importante património cultural do nosso País, um lugar de memória e de identidade que a cidade não quis perder mas que, a esse tempo, foi reinventado e renasceu com novas funções e novos usos, tentando honrar um passado relevante, quer da história local quer da história industrial nacional.

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